quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Arquitetura Efêmera

Embora não faça muito esforço para isso sempre participo de transformações fantásticas, intervenções que fazem as pessoas pararem e observarem admiradas. Confesso não colocar a mão na massa, afinal não a condição para tal já que sou também de massa, uma estatua que a tempos habita o jardim da escola de arquitetura, mas retomando quem os faz são os alunos da escola que vira e mexe promovem uma revolução em minha “casa”, os acompanho desde o inicio  é admirável ver seus progressos, no primeiro dia acuados sofrem o trote que acompanho de camarote através da fachada de vidro da EA, assustados tem seus rostos pintados com tinta, e fazem o tão famoso elefantinho, depois de poucos meses são eles quem usam as tintas,agora pra fazer obras. São estudantes que seguem com um questionamento antigo: O que arquitetura? Existem os que afirmam com certeza que até roupa é arquitetura, nessa discussão não me envolvo, mas se for para falar de arquitetura efêmera eu entendo bem, afinal “meu” jardim é palco de grandes projetos.
Outro dia mesmo os alunos chegaram aqui com umas propostas nada convencionais, dizendo que fariam um pavilhão anti-positivista.
Arreda pra cá, empurra pra lá foram dias de montagem e finalmente ficou pronto. Confesso que a principio estranhei um pouco, um pavilhão que não parecia feito pra nada... Com o passar do tempo o pavilhão que parecia não ter nenhuma utilidade servia para diversas coisas, os transeuntes ficavam encantados.
Foi então que comecei a entender a proposta anti-positivista o inusitado, o simples, o publico, o manual, o aconchegante. Deliciado com tudo que aprendi peguei no sono, ao acordar o pavilhão não estava mais ali... Ah mas isso eu já conheço bem... É arquitetura efêmera.




Nenhum comentário:

Postar um comentário