terça-feira, 26 de outubro de 2010

Disse que me disse: Arquitetos Brasileiros

Questionada em uma aula de História da Arte e Arquitetura sobre quais arquitetos brasileiros conhecia além de Niemeyer percebi que não conheço muitos, resolvi conhecer um pouco mais sobre a arquitetura e os arquitetos brasileiros, vou dividir isso com vocês em uma série de postagens...

Rino Levi



Arquiteto brasileiro nasceu em São Paulo em 1901, se formou em Roma. Como diria o arquiteto finlandês Heikki Siren “Ele é um dos grandes mestres do racionalismo mundial". Rino Levi era um eximio projetor de interiores residenciais.
Uma frase dita por ele em sua primeira aula na faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP mostra bem sua forma de fazer arquitetura: "Hoje nós projetamos de dentro para fora. Vamos ao terreno e imaginamos como viver nele, desde a entrada, os movimentos, o lugar da mesa, dos livros, sofás, camas, os aparelhos sanitários, equipamentos de cozinha... Aí colocamos as paredes, definimos espaços, aberturas, começam os detalhes".
"Nunca se atrelou a modelos", comprometido apenas "com a arte e a técnica de seu tempo, com os costumes e a natureza de seu país", diz Antonio Carlos Sant'Anna Jr.
Rino era afavor do crescimento urbano planejado, do estímulo à cidade vertical e controlada, do zoneamento, da metropolização como modernidade, pioneiro do discurso sobre "a responsabilidade social do arquiteto".
São algumas obras do arquiteto: Centro Cívico de Santo André,Cine Ipiranga, Casa Olivo Gomes, Edificio Columbus, Edifício Porchat, entre outros.
Rino Levi morreu em 1965, no estado da Bahia, enquanto procurava bromélias com Roberto Burle Marx, com quem fez parceria em vários de seus projetos.



                 Centro Cívico de Santo André


Casa Olivo Gomes





       Casa Olivo Gomes.


Fonte: Vitruvius

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Museu dos Brinquedos

Se divertir com brinquedos é muito bom, mas eu também adorei conhecer a historia deles na visita que fiz ao Museu dos Brinquedos.
Antigamente os brinquedos eram usados como ferramenta de trabalho pelos adultos, mas como as crianças não sabiam bem como usar deram as ferramentas uma utilidade diferente usando-as para brincar. Como o quebra cabeça, por exemplo, que criado por um Cartógrafo era usado para mostrar aos seus alunos onde se localizavam os paises, ou a perna de pau que era utilizada para atravessar áreas alagadas ou colher frutos em plantações altas e hoje e usada em circos para diversão das crianças.
Outros brinquedos eram usados em rituais ou para saber se você estava com sorte ou azar, é o caso da boneca que tem seus primeiros registros na África sendo usada para finalidades ritualísticas, já o dominó e uma versão do dado que sempre foi utilizado para definir sorte ou azar, os chineses pensaram em colocar duas faces do dado em uma peça só, e a chamaram de “domino gratias” (graças a Deus), ao serem jogados eles diziam essa expressão, as crianças começaram a jogar de outra forma e deram o nome de dominó.
Você pode conferir estas historias e varias outras nas exposições do museu, que conta com algumas exposições fixas e uma temporária que neste mês esta recebendo a exposição do Batman.
O museu é bastante interessante, embora tenha um espaço de exposição muito pequeno que não comporta todos os 3.000 exemplares que têm em seu acervo, ele foi idealizado por Luiza de Azevedo Meyer que durante um período fazia a exposição itinerante em shoppings, com seu falecimento, familiares e amigos deram prosseguimento ao projeto e criaram o Instituto Cultural Luiza Azevedo Meyer em sua homenagem, que hoje é o Museu dos Brinquedos situado na Av. Afonso Pena 2564 em Belo Horizonte.

  


quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Resenha: O Corpo

Mais do que formas que remetem hora a animais hora a situações vivenciadas no nosso dia a dia, o grupo O Corpo, fundado em 1975 em Belo Horizonte por Paulo Pederneiras, transmite sensações diversas ao espectador.
Assisti ao espertáculo Imã e Lecuona apresentado no Palácio das Artes em comemoração aos 35 anos do grupo. Fiquei impressionada ao ver como em poucas horas de apresentação as coreografias casadas com as musicas podiam me levar da euforia a nostalgia.
O balé que tem coreografia de Paulo Pederneiras segue uma alternância entre cheio e vazio no que se trata a ocupação do espaço no espetáculo Imã, que é apresentado por duplas, solos e grupos que se formam e dissipam a todo instante.





O jogo de luzes usado, a tela a frente do palco para embasar a imagem e causar um clima bucólico e o figurino são perfeitos no espetáculo Lecuona, que leva o nome do musico Ernesto Lecuona responsável pela parte musical do espetáculo que trata de amor, traição, Ciúmes, saudades, corações partidos e é encenado sempre por duplas. A apresentação é encerrada ao subir a tela e mover os espelhos ao fundo de forma que as damas agora vestidas de noiva se multipliquem formando um cenário encantador.



http://35anos.grupocorpo.com.br/


quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Arquitetura Efêmera

Embora não faça muito esforço para isso sempre participo de transformações fantásticas, intervenções que fazem as pessoas pararem e observarem admiradas. Confesso não colocar a mão na massa, afinal não a condição para tal já que sou também de massa, uma estatua que a tempos habita o jardim da escola de arquitetura, mas retomando quem os faz são os alunos da escola que vira e mexe promovem uma revolução em minha “casa”, os acompanho desde o inicio  é admirável ver seus progressos, no primeiro dia acuados sofrem o trote que acompanho de camarote através da fachada de vidro da EA, assustados tem seus rostos pintados com tinta, e fazem o tão famoso elefantinho, depois de poucos meses são eles quem usam as tintas,agora pra fazer obras. São estudantes que seguem com um questionamento antigo: O que arquitetura? Existem os que afirmam com certeza que até roupa é arquitetura, nessa discussão não me envolvo, mas se for para falar de arquitetura efêmera eu entendo bem, afinal “meu” jardim é palco de grandes projetos.
Outro dia mesmo os alunos chegaram aqui com umas propostas nada convencionais, dizendo que fariam um pavilhão anti-positivista.
Arreda pra cá, empurra pra lá foram dias de montagem e finalmente ficou pronto. Confesso que a principio estranhei um pouco, um pavilhão que não parecia feito pra nada... Com o passar do tempo o pavilhão que parecia não ter nenhuma utilidade servia para diversas coisas, os transeuntes ficavam encantados.
Foi então que comecei a entender a proposta anti-positivista o inusitado, o simples, o publico, o manual, o aconchegante. Deliciado com tudo que aprendi peguei no sono, ao acordar o pavilhão não estava mais ali... Ah mas isso eu já conheço bem... É arquitetura efêmera.




domingo, 10 de outubro de 2010

Disse que me disse - Primeiro Centro de Conferência Carbono Zero

Em busca de equilíbrio entre construções gigantescas e a preservação do meio ambiente, foi inaugurada em Dublin o Centro de Conferências Carbono Zero, eles acreditam que esta seja a primeira construção neutra em relação à emissão de carbono.
Trata-se de um prédio multiuso com uma grande sala de espetáculos, salão de exposição, salas múltiplas e pode acomodar até 8.000 pessoas, para isso conta com um sistema de ventilação com reutilização de energia para manter a qualidade do ar quando o prédio estiver cheio.
O prédio tem um formato inovador o que segundo os arquitetos responsáveis pelo projeto se deve ao terreno pequeno com o qual trabalharam, ainda segundo eles isso não os atrapalhou já que o formato “resultou em um envelope mais eficiente da energia”.









Esta e sem duvida uma tentativa louvável, mas será que de fato eles conseguiram emissão zero de carbono? Será que isso é suficiente diante de outros impactos que tal construção pode causar no meio?






quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Pavilhão da Serpentine Gallery 2002 por Toyo Ito

 Se trata de um pavilhão chamado Jogo de aparências - Serpentine Gallery exposto em Londres no ano de 2002.







 O pavilhão foi construido com fitas de aço, que formam a figura de triângulos e trapézios irregulares ao longo do prisma regular, dai o Jogo de aparências.

Acredito que esse pavilhão possa nos ajudar muito no desenvolvimento do pavilhão com o qual começo a trabalhar agora, a ideia é de um mosaico de plástico.

http://blog.bellostes.com/?p=4384


 Turismo Rural – Viewing Tower



Uma torre de 25 metros de altura, com atividades como a escalada esportiva e rapel é a atração principal.  Ele consiste de seis cubos, pendurado em um núcleo de colunas de aço. No topo as pessoas vão desfrutar de uma vista panorâmica da paisagem circundante e há uma plataforma de partida para o rapel. Os atletas que estão sobre a parede de escalada  a 13 metros de altura são observados pelos visitantes do bistrô.




Uma forma de intervenção que mostra uma maneira saudável de explorar a paisagem rural.




 

domingo, 3 de outubro de 2010

INHOTIM

Arte contemporânea e natureza formam o cenário do museu de Inhotim, situado em Brumadinho.
O museu é formado por exposições fixas e temporárias, distribuidas ao longo do parque mesclando espécies botânicas as linhas planejadas de pavilhões que abrigam as obras de artistas de diversos países.


Espaço, som, cheiro, cor tudo casa para fazer com que o visitante sinta a obra. Como não se impressionar com obras que além de ver você pode sentir, se surpreender, se divertir, fazer parte dela.
                                                                  
                                      

Ao me deparar com as estruturas do pavilhão Cosmococas (acima) em meio ao verde exuberante de um campo aberto não poderia imaginar que em seu interior estariam as exposições mais leves de todo parque, um lugar para você voltar a ser criança, dançar forró, relaxar na rede e até dar um mergulho para se refrescar, isso gerou em mim um questionamento: A forma segue a função? Porque projetar um pavilhão com paredes tão altas, linhas retas e em tom de cinza para um pavilhão com tamanha espontaneidade? Posso não estar certa mas depois de refletir cheguei a conclusão que o mais legal foi achar que iria encontrar uma coisa e quando entrei a surpresa de ter algo completamente oposto e inusitado, foi realmente uma experiência muito boa...

Pude ouvir o som que vem do centro da terra no pavilhão Doug Aitken,



refletir sobre pobreza, drogas e prostituição no pavilhão Miguel Rio Branco


Que traz uma exposição de fotos tiradas no pelourinho.
Entre várias outras que me proporcionaram um domingo divertido e cheio de conhecimento. 

O museu de Inhotim é um ótimo roteiro, onde você encontra cultura, descanso, lazer e natureza. Possui um parque tropical com áreas criadas pelo renomado paisagista Burle Marx, e conta com umas das maiores coleções botânicas do mundo. Vale muito a pena conferir...



Horário de funcionamento do museu:  Quarta, Quinta e Sexta 9:30 às 16:30. Aos Sábados, Domingos e feriados de 9:30 às 17:30.